As taxas de câncer de intestino – também chamado de colorretal – estão aumentando rapidamente entre adultos na faixa dos 20, 30 e 40 anos, devido a fatores ligados ao estilo de vida. Um estudo publicado na revista JAMA Network Open em 24 de maio mostra que o sintoma mais comum para o rastreamento da doença é a presença de sangue nas fezes.
O aparecimento de um sangramento retal foi associado a um risco cinco vezes maior de câncer de intestino ou colorretal, de acordo com a pesquisa, que analisou 81 estudos anteriores com informações de 25 milhões de adultos com menos de 50 anos.
Os autores do trabalho também apontaram dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais e anemia como outros sinais importantes para o diagnóstico da doença no trato digestivo – eles recomendam que nenhum desses sintomas seja ignorado.
Rastreamento
De acordo com a análise, o intervalo de tempo entre a primeira ida ao médico para verificar os sintomas e o diagnóstico de câncer de intestino costuma variar entre quatro e seis meses, em média. O diagnóstico costuma ser feito quando a doença já está em uma fase mais avançada e difícil de tratar.
A colonoscopia, principal estratégia de rastreamento para o câncer de intestino, só é recomendada a partir dos 45 anos. As informações reunidas no trabalho podem orientar outras maneiras de identificar a doença.
“Precisamos facilitar a detecção precoce e uma maneira é identificar esses sinais de alerta”, disse o epidemiologista Joshua Demb, principal autor do trabalho e professor na Universidade da Califórnia.

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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
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O que leva ao aumento do câncer em jovens
O aumento de casos de câncer colorretal em jovens vem sendo associado à obesidade, ao tabagismo, ao sedentarismo, ao elevado consumo de álcool e a dietas ricas em carne vermelha, alimentos processados e bebidas açucaradas.
Uma nova linha de investigação está investigando outras causas possíveis, incluindo exposições ambientais, alterações nas bactérias intestinais e o uso de alguns medicamentos, como antibióticos.
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