Saiba sintomas do AVC, condição que pode ter causado a morte do papa Ouvir 21 de abril de 2025 O falecimento do papa Francisco aos 88 anos pode ter sido consequência de um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo jornais italianos, que afirmam ter informações de dentro da Santa Sé, o pontífice teria sofrido um derrame poucos minutos após acordar. O Vaticano, no entanto, ainda não confirmou a causa oficial da morte do santo padre. O AVC interrompe o fluxo sanguíneo no cérebro e é dividido em dois tipos: isquêmico (por obstrução de um dos vasos cerebrais, bloqueando o acesso de sangue a partes do órgão) ou hemorrágico (quando ele se rompe e gera uma hemorragia no cérebro), sendo esta última mais grave. Leia também Saúde AVC grave provocou morte de papa Francisco, diz mídia italiana Saúde Cardiologista coloca “rolha” no coração para diminuir risco de AVC Saúde Oito maneiras de reduzir o risco de AVC em qualquer idade Saúde Tratamento de AVC custa mais de R$ 150 mil por paciente, diz estudo “No caso do tipo hemorrágico, o quadro tende a ser mais grave, pois o sangue extravasado agride o tecido cerebral e pode elevar perigosamente a pressão dentro do crânio, o que exige intervenção imediata. Em todos os casos, porém, pode haver sequelas graves”, explica o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília. A falta de oxigenação pode causar danos neurológicos irreversíveis, com risco de morte. Idosos, como o papa, estão mais vulneráveis, mas o problema pode afetar até pessoas saudáveis e deve ser tratado imediatamente para evitar as sequelas. 10 imagens Fechar modal. 1 de 10 O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro Agência Brasil 2 de 10 O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico Pixabay 3 de 10 Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala Pixabay 4 de 10 O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas Pixabay 5 de 10 Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas Pixabay 6 de 10 Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar Pixabay 7 de 10 Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC Pixabay 8 de 10 Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes Pixabay 9 de 10 Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC Pixabay 10 de 10 Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados Pixabay Quais são os sintomas do AVC? Espíndola compartilha quatro dicas fáceis para identificar os sinais de AVC rapidamente. Ele pede que as pessoas memorizem o passo a passo a partir da sigla SAMU, a mesma do serviço de atendimento médico de emergência. “No S, pedimos que o paciente sorria e avaliamos se há algum entortamento. No A, de abraço, pedimos que o paciente levante os braços para ver se há diferença de força entre os membros”, diz o neurocirurgião. “Já no M, pedimos que o paciente cante uma música para avaliar a memória e a dicção. Por fim, no U, lembramos da urgência de que em qualquer desses sintomas é preciso ir imediatamente ao hospital”, completa. Prevenção e cenário global Em um episódio de AVC, cada minuto tem valor imensurável no salvamento de uma vida, já que a cada minuto em que ele não é tratado, a pessoa perde 1,9 milhão de neurônios. “Por isso, identificar rapidamente os sinais da doença e o socorro ágil diminui drasticamente o risco de morte e evita o comprometimento mais grave que pode deixar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda de memória e prejuízo à fala”, explica a neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins, presidente da Rede Brasil AVC. Hipertensão, diabetes e tabagismo aumentam os riscos, mas fatores como solidão e mudanças climáticas também preocupam. “É possível prevenir até 90% dos casos de AVC controlando os fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, arritmia cardíaca, sedentarismo, excesso de peso, a alimentação não saudável, o tabagismo, abuso de álcool e o estresse”, destaca. “Ao adotarmos um estilo de vida saudável, reconhecermos nossos próprios fatores de risco e buscarmos assistência médica adequada para prevenção, podemos diminuir significativamente o impacto do AVC em nossa sociedade”, conclui Sheila. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e no Canal do Whatsapp e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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