Só em 2025, 761 pessoas morreram de Covid no Brasil. Cenário preocupa Ouvir 12 de março de 2025 Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19, o Brasil ainda enfrenta um número expressivo de óbitos pela doença. Embora as mortes tenham diminuído em comparação ao ano anterior, o coronavírus segue afetando principalmente grupos vulneráveis. De janeiro até 1º de março de 2025, o Brasil registrou 761 óbitos, com uma média de 13 mortes diárias e 89 semanais. Em relação ao mesmo período de 2024, houve uma queda de 57,46%, quando o número de mortes foi de 1.789. Leia também Mundo Cinco anos de Covid-19: relembre as “sequelas” deixadas pela pandemia Saúde Entenda qual é o risco de acontecer um novo surto de Covid no Carnaval Saúde Cinco anos desde o 1º caso de Covid no país: para onde evoluímos? Saúde Covid: estudo revela que até casos leves podem afetar o coração No entanto, as últimas semanas mostram um aumento preocupante de 21% nas mortes por Covid-19 em todo o Brasil, com um crescimento ainda mais expressivo de 58% no estado de São Paulo. A médica infectologista Eliana Bicudo, da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que o aumento nas mortes em algumas regiões pode ser atribuído a diversos fatores. “No começo do ano, com festas, viagens e aglomerações, o número de casos tende a crescer. Porém, o que realmente preocupa são os óbitos, principalmente porque temos vacinas e tratamentos eficazes hoje. Talvez as pessoas não estejam buscando diagnóstico precoce ou atendimento médico no momento certo”, afirma. Apagamento da Covid O médico David Urbaez, presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, lamenta o apagamento da Covid-19 das discussões públicas. “Com o passar do tempo, a Covid-19 foi saindo da pauta, tanto na mídia quanto na percepção das pessoas. Isso levou a uma diminuição do alerta na população, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, que acabaram deixando de procurar a vacina e os cuidados médicos”, observa. Ele destaca que a falta de diagnóstico precoce tem se tornado um problema, já que muitas pessoas com sintomas leves ou moderados não procuram testes e, frequentemente, evoluem para formas graves da doença. Eliana acrescenta que a chegada de novas variantes e a baixa cobertura vacinal continuam a afetar o controle da infecção. 14 imagens Fechar modal. 1 de 14 Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse Viktor Forgacs/ Unsplash 2 de 14 De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis Morsa Images/ Getty Images 3 de 14 Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países Peter Dazeley/ Getty Images 4 de 14 Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus Getty Images 5 de 14 Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela Aline Massuca/Metrópoles 6 de 14 Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países Morsa Images/ Getty Images 7 de 14 A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção NIAID/Flickr 8 de 14 A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais Fábio Vieira/Metrópoles 9 de 14 Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade Andriy Onufriyenko/ Getty Images 10 de 14 Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador Callista Images/Getty Images 11 de 14 Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru Josué Damacena/Fiocruz 12 de 14 Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus Getty Images 13 de 14 As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor Getty Images 14 de 14 Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos Getty Images Importância da vacinação A vacinação segue sendo essencial na prevenção da Covid-19. A infectologista Rosana Richtmann, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, ressalta a importância de manter a vacinação em dia. “Estar atualizado com todas as vacinas — incluindo a de gripe, pneumonia e o vírus sincicial respiratório — é crucial. Com o imunizante, o risco de formas graves da doença diminui consideravelmente”, afirmou Rosana em entrevista anterior ao Metrópoles. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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