Vacina contra zika da USP tem resultados promissores Ouvir 6 de abril de 2024 Finalmente teremos uma vacina que protege contra a zika? Um novo imunizante desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco mostrou-se uma opção promissora. Feita com uma técnica de DNA, ela induziu a produção de anticorpos em experimentos com camundongos. Detalhes sobre a vacina “anitizika” foram publicados na revista Frontiers in Immunology. Tudo sobre a nova vacina contra a zika O novo imunizante contra zika é do tipo DNA. Isso o torna mais barato do que aqueles com vírus inativados, por exemplo. Em resumo, ela é feita com uma molécula de DNA que funciona como uma fábrica de proteínas semelhante ao vírus zika que estimulam o corpo a produzir anticorpos. A formulação da vacina que mais deu certo é a ZK_ΔSTP, desenvolvida com uma proteína que recobre a superfície do zika, também chamada de envelope, a principal indutora de anticorpos neutralizantes. Os resultados são promissores: o imunizante induziu uma alta resposta do sistema imune adaptativo em testes com camundongos adultos, explica Franciane Teixeira, uma das autoras do estudo, para a Agência FAPESP. Além disso, a capacidade de proteção da vacina foi potencializada com a adição de sais de hidróxido de alumínio à sua formulação. Imagem: Shutterstock/Billion Photos O que é uma vacina de DNA? Uma vacina de DNA utiliza partes do código genético de um vírus para estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. É como se fossem inseridas estruturas “fakes” que se assemelham aos vírus em nosso corpo. Elas não afetam a nossa saúde, mas nosso organismo acredita que sim e se protege, gerando anticorpos. Leia mais: Medicamento contra zika pode ser criado com óleo de planta indígena Vacina brasileira contra o Zika pode prevenir microcefalia em recém-nascidos Vírus da zika modificado destrói tumores do sistema nervoso No caso da vacina contra zika, em vez de usar o vírus real, usou-se uma molécula circular de DNA chamada plasmídeo, que atua como uma “fábrica” de proteínas dentro do corpo. Ela produz partes do vírus, que são reconhecidas pelo sistema imunológico como uma ameaça. Como resposta, o corpo produz anticorpos que neutralizam o vírus zika real, conferindo proteção contra a doença. É uma tecnologia promissora porque pode ser mais barata e potencialmente mais eficaz do que outras vacinas tradicionais e não possui perigo algum, diz Isabelle Viana, pesquisadora da Fiocruz Pernambuco. Vale ressaltar que, assim como as vacinas de mRNA [RNA mensageiro], como as da Pfizer e da Moderna contra a COVID-19, as vacinas de DNA não alteram o código genético dos imunizados, não criam uma nova espécie, nem causam doenças autoimunes. São tecnologias seguras, mas que sofreram com uma enxurrada de fake news e desinformação Isabelle Viana para Agência FAPESP Reação cruzada Ainda não temos uma vacina contra zika porque é difícil fazê-la, já que o vírus é muito semelhante aos quatro sorotipos da dengue. Por isso, o que pode ocorrer é uma confusão do nosso organismo que detecta e ataca ambos os vírus – mesmo que a dengue não esteja presente. Isso pode parecer bom num primeiro momento, mas apresenta grande perigo. O risco é ocorrer o que chamamos de reação cruzada, ou seja, os anticorpos produzidos pela vacina contra zika reconhecerem os vírus da dengue […] Caso esses anticorpos não sejam potentes o bastante para evitar uma segunda infecção por outro sorotipo de dengue, acontece um efeito contrário. Eles se ligam ao vírus e fazem com que a célula do hospedeiro englobe o patógeno com mais facilidade. Desse modo, o próprio corpo ajuda o vírus a infectar as células Isabelle Viana para Agência FAPESP Os testes da nova vacina em camundongos indicam que a formulação pode neutralizar o vírus sem induzir uma reação cruzada com os sorotipos da dengue, o que é um resultado promissor. O post Vacina contra zika da USP tem resultados promissores apareceu primeiro em Olhar Digital. Notícias
Notícias Ondas de calor aumentam risco de nascimentos prematuros, mostra estudo 28 de maio de 2024 Um estudo feito durante duas décadas mostra evidências de que as mudanças climáticas estão impactando o nascimento de bebês. Pesquisadores da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, descobriram que a incidência de partos prematuros é ligeiramente mais alta durante as ondas de calor extremo mais longas. Este é o maior… Read More
Notícias Menina fica sem andar após contrair grave infecção em banheira 14 de novembro de 2023 Um momento relaxante em uma banheira de hidromassagem levou a pequena britânica Poppy Burns, de 12 anos, a desenvolver uma infecção de pele. Mãe da criança, a fotógrafa Georgina Burns julgava que o problema estava resolvido após o tratamento com antibióticos recomendado pelos médicos. No entanto, um incidente durante um… Read More
Bactérias ligadas à dieta gordurosa estimulam câncer, diz estudo 19 de maio de 2024 Um novo estudo, publicado em 6 de maio no Proceedings of the National Academy of Science, descobriu que uma dieta rica em gordura aumentou o número de bactérias Desulfovibrio nos intestinos dos ratos, suprimindo o sistema imunológico e acelerando o crescimento do tumor do câncer de mama. A pesquisa mostrou… Read More