Verão: pessoas com doenças raras devem ter cuidados especiais no calor Ouvir 23 de janeiro de 2025 Durante as épocas mais quentes do ano, especialmente no verão, alguns portadores de doenças raras precisam adotar cuidados especiais para evitar complicações. Entre as enfermidades que exigem atenção estão a doença de Fabry, a síndrome de Sjögren e as displasias ectodérmicas. Especialistas alertam que pessoas com essas condições podem ter sintomas agravados diante das altas temperaturas, como desidratação, fotossensibilidade e choques térmicos. “Cada doença rara tem suas próprias características e particularidades, por isso é sempre bom que os pacientes consultem seus médicos para orientações específicas sobre cuidados durante o verão”, comenta a geneticista Carolina Fischinger, presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM). Leia também Brasil Verão: três capitais brasileiras batem recorde de calor. Saiba quais Saúde Saúde ocular: saiba como cuidar dos olhos no verão Vida & Estilo Verão: como controlar o excesso de oleosidade da pele na estação Saúde Desidratação infantil: saiba como proteger as crianças no verão Doença de Fabry e o verão Em pessoas com a doença de Fabry, por exemplo, a intolerância ao calor é um desafio adicional. Entre outros sintomas, a condição está associada à baixa frequência ou mesmo à ausência de produção de suor, o que pode fazer com que a temperatura corporal seja facilmente elevada. O organismo de quem tem a doença não produz a enzima alfa-galactosidase A, responsável por eliminar toxinas das células. Com isso, o paciente acumula gordura nas células, o que pode levar a complicações na pele, no sistema circulatório e nos rins. “Os sintomas de Fabry levam a um processo inflamatório do corpo. Muitas vezes os pacientes têm crises de dor, sensação de queimação, dores abdominais com diarreia ou constipação frequente e febre recorrente diante de altas temperaturas”, explica a pediatra Ana Maria Martins, especialista em detecção de doenças metabólicas hereditárias e professora da Universidade de São Paulo (USP). 4 imagens Fechar modal. 1 de 4 Para enfrentar o calor, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas bebam bastante água, evitem atividades físicas e exposição ao sol em horários mais quentes do dia Hugo Barreto/Metrópoles 2 de 4 Roupas leves, feitas de tecidos que permitam o corpo transpirar, são as mais recomendadas @igoestrela/Metrópoles 3 de 4 Também se deve evitar a exposição direta ao sol Breno Esaki/Metrópoles 4 de 4 A população deve evitar a prática de atividades ao ar livre das 10h às 17h Igo Estrela/Metrópoles Cuidados com o Sjögren A síndrome de Sjögren, que afeta o funcionamento das glândulas lacrimais e salivares, também exige atenção redobrada. Os sintomas da doença autoimune rara pioram com o aumento das temperaturas. “É importante usar hidratantes labiais, colírios lubrificantes e óculos de sol, já que o calor e o ar seco promovem a evaporação mais rápida das lágrimas, expondo os olhos a mais riscos”, recomenda a reumatologista Carla Saad, diretora da clínia EVCITI, em São Paulo. Outras doenças e suas relações com o calor Várias outras doenças têm baixa tolerância a altas temperaturas, indica Fischinger. Entre elas, se destacam: Doenças cutâneas que tenham fotossensibilidade, como a urticária ao sol e o albinismo. Doença falciforme. “Esses indivíduos são particularmente suscetíveis à desidratação devido à incapacidade de concentrar a urina com consequente perda excessiva de água”, explica o Manual de Tratamento de Doenças Falciformes da Anvisa. Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC), condição que afeta a produção de hormônios das glândulas suprarrenais e também facilita a desidratação. Cuidados Pacientes com doenças raras devem priorizar hidratação constante, uso de filtros solares adequados e evitar a exposição prolongada ao sol. Exercícios físicos sob altas temperaturas também devem ser evitados. Para a manutenção da hidratação, é recomendada a ingestão mínima de 35 ml de água para cada quilo de peso. Também deve-se priorizar a ingestão de alimentos mais leves e refrescantes para não elevar a temperatura corporal. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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