Bebês que brincam no chão começam a se locomover mais cedo, diz estudo Ouvir 4 de março de 2025 Brincar no chão pode ser mais benéfico para as crianças do que muitos podem imaginar. No caso de bebês, aqueles que passam mais tempo no solo tendem a começar a se locomover sozinhos mais cedo em comparação aos que ficam mais no berço, por exemplo. É o que revela um estudo recente, liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado no periódico Infant Behavior and Development. Em média, as crianças começam a andar entre os 10 e os 15 meses de vida. Nessa fase, o corpo passa por uma série de adaptações, mas os estímulos dados aos pequenos têm influência direta em sua capacidade de dar os primeiros passos. O estudo da USP — fruto da pesquisa de doutorado da fisioterapeuta Maylli Daiani Graciosa na Escola de Educação Física e Esporte da universidade — recrutou 45 bebês, que foram divididos em três grupos: aqueles de 5 a 11 meses (19 bebês); os de 9 a 13 meses (18 bebês); e os de 13 a 18 meses (oito bebês). A ideia inicial era avaliá-los presencialmente, mas devido à pandemia de Covid-19 as análises foram conduzidas de forma remota. Durante seis meses, a cada 15 dias os pais enviavam vídeos de oito minutos à equipe de pesquisa. “Pudemos avaliar o desenvolvimento motor das crianças nos seus lares, dentro do seu contexto real, sem testes padronizados, o que é um diferencial do nosso estudo”, diz Maylli Graciosa à Agência Einstein. Leia também Vida & Estilo Um em cada dez pais nunca experimentou papinha para bebê, diz estudo Saúde Introdução alimentar: como garantir que as crianças criem bons hábitos Saúde 80% das crianças de até 2 anos consomem ultraprocessados, diz pesquisa Saúde Inédito: médicos tratam bebê com AME ainda no útero com sucesso Ao final da investigação, ficou evidente que os pequenos que brincavam no chão já por volta dos 5 meses começaram a se locomover mais cedo do que aqueles que raramente eram colocados no solo. Além disso, os que aos 9 meses ainda brincavam principalmente no berço começaram a andar mais tarde. Outra constatação é que, ao contrário do que muitos imaginam, não há uma sequência definida na evolução dos pequenos até os primeiros passos — uns se arrastam antes de engatinhar, outros engatinham direto e ainda existem os que primeiro engatinham de maneira assimétrica, depois simétrica e só depois andam com apoio. Cuidados necessários Para que o deslocamento no chão seja de fato benéfico, é importante que a segurança do ambiente seja garantida. Móveis com pontas, por exemplo, não são indicados. Outro cuidado é que a superfície onde a criança fique seja firme, sem paninhos ou tapetes fofos. Além disso, os bebês não devem usar meias ou sapatos, que impedem o contato dos pés com o solo. “Também é importante colocar o bebê fora do tapete, para que ele não entenda que suas margens são uma limitação para o deslocamento”, orienta a autora do estudo. “Oferecer poucos brinquedos é outra dica, já que dessa forma ele precisa se movimentar para pegá-los.” O uso de andadores é contraindicado. Diversas entidades médicas vetam esses equipamentos — inclusive a Sociedade Brasileira de Pediatria. Isso porque eles podem atrapalhar o desenvolvimento da marcha e oferecem diversos riscos ao bebê, como acidentes e quedas, além de prejudicar aspectos psicomotores e o estímulo à movimentação natural dos pequenos. Fique atento aos marcos de desenvolvimento Muitos pais e cuidadores podem ficar ansiosos com o momento em que a criança deve começar a andar. Mas é importante respeitar o ritmo de cada bebê e não ter pressa para que sua evolução aconteça. “Os prematuros, com pouco peso ou acima do peso, por exemplo, tendem a demorar mais para dar os primeiros passos”, conta o pediatra Celso Terra, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein. Por isso, vale ficar atento aos chamados marcos de desenvolvimento, que indicam o que é esperado em cada fase do crescimento. “Por volta dos 2 meses as crianças seguram o pescoço e começam a sorrir; entre os 4 e 5 meses levam objetos à boca; aos 6 meses começam a se sentar; e ficam em pé entre os 9 e os 15 meses”, exemplifica Terra. Nas consultas com o pediatra, compartilhe quaisquer dúvidas ou observações a respeito desses marcos. “É importante respeitar a agenda de consultas estabelecida pelo especialista para que nenhum detalhe de todo esse processo passe despercebido e, se houver algum problema, possa ser contornado o mais rápido possível”, diz o médico do Einstein. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Val Kilmer: conheça os sintomas da doença que matou o ator aos 65 anos 2 de abril de 2025 Conhecido por interpretar papéis importantes no cinema, como nos filmes Top Gun e Batman Eternamente, o ator Val Kilmer morreu nessa terça-feira (1/4), aos 65 anos. Ele foi vítima de uma pneumonia, uma doença respiratória que afeta os pulmões. O astro de Hollywood tinha se curado recentemente de um câncer… Read More
Notícias Austrália registra primeiro caso de infecção humana por gripe aviária 22 de maio de 2024 A Austrália registrou, nesta quarta-feira (22/5), o primeiro caso de gripe aviária do país. A doença foi confirmada em um menino que, segundo as autoridades de saúde, se infectou durante uma viagem à Índia. A criança foi isolada da família para evitar a transmissão da doença. Ela teve uma cepa… Read More
Medição de estresse em smartwatch e smartband é real? 12 de março de 2024 De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2020, cerca de 90% da população mundial enfrenta problemas decorrentes do estresse. Se você desconfia que esteja dentro dessa estatística, seria ótimo saber isso, de forma simples, através da medição de estresse em seu dispositivo smartwatch e smartband. Esses… Read More