Beterraba é aliada de mulheres na menopausa; saiba como consumir Ouvir 29 de julho de 2024 Mulheres na menopausa podem se beneficiar de um cardápio que inclua a beterraba. A conclusão é de um estudo publicado em junho no periódico científico Frontiers in Nutrition. Segundo o artigo, ela melhora a função endotelial, ou seja, auxilia na dilatação dos vasos. Isso porque acumula nitrato, substância precursora do óxido nítrico, um potente vasodilatador e que tem ação cardioprotetora. Na análise, os pesquisadores dividiram um grupo de 24 mulheres na pós-menopausa. Uma parte das voluntárias recebeu, durante uma semana, suco concentrado de beterraba; a outra turma tomou placebo. Por meio de exames de imagem, os cientistas observaram impactos positivos da bebida no fluxo sanguíneo. Vários experimentos já comprovaram que o nitrato, vindo da beterraba e transformado em óxido nítrico, contribui para a elasticidade das artérias e a circulação. Também há evidências de seu papel no combate à hipertensão arterial. Embora tais benefícios sejam bem-vindos em todas as fases da vida, com a entrada na menopausa, eles são ainda mais importantes. “Nessa fase, ocorre um aumento no risco cardiovascular devido à queda dos níveis de estrógeno, hormônio que tem efeito protetor”, comenta a nutricionista Giuliana Modenezi, do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein. Se o novo trabalho revela essa função, há tempos a raiz faz sucesso entre esportistas — e, nesse contexto, coleciona estudos na literatura científica. “O mesmo nitrato, convertido em óxido nítrico, melhora a oferta de oxigênio e de nutrientes para os músculos durante o exercício”, explica a nutricionista. Como resultado, o atleta ganha força e rendimento. Leia também Saúde Suco de beterraba melhora a saúde do coração e a circulação nas pernas Saúde Não costuma comer beterraba? Saiba por que mudar isso hoje mesmo Saúde Nutricionista explica benefícios de comer beterraba todos os dias Saúde Suco de beterraba aumenta força muscular nos treinos? Entenda Mistura nutritiva Ainda que reúna tantos atributos, nem só de nitrato se faz uma beterraba. O alimento, de nome científico Beta vulgaris, é nativo das regiões de clima temperado da Europa e do norte da África. Popularmente, é chamado de raiz tuberosa, uma designação comum aos vegetais que acumulam nutrientes numa estrutura embaixo da terra. A beterraba oferece um mix de compostos que atuam em sinergia. Um dos destaques é a betalaína, pigmento responsável pela aparência exuberante. “Além de dar cor, tem ação antioxidante e anti-inflamatória”, comenta a nutricionista do Einstein. No quesito sais minerais, a raiz oferece boas doses de potássio e magnésio. “Uma dupla essencial à saúde muscular e cardiovascular”, diz Modenezi. Também concentra vitaminas do complexo B, vitamina C e fibras, as guardiãs do intestino. Como tirar proveito no dia a dia Versátil, o vegetal aparece nas mais diversas preparações, começando pelo suco, testado e aprovado pela ciência. Crua, a beterraba também pode ser ralada e incluída no recheio de sanduíches, nas saladas, entre outros pratos. Inclusive, há quem use até a folhagem e os talos dela nas receitas, basta caprichar na higienização. Na forma cozida fica ótima em sopas – caso da borscht, originária do Leste Europeu –, desfila em refogados, purês e chips. Incrementa ainda bolos, tortas, tapiocas e outras massas. “Para assegurar todos os nutrientes, sobretudo a vitamina C, a recomendação é assar ou cozinhar no vapor”, sugere a especialista. No caso de esportistas que desejam melhorar o desempenho com auxílio da beterraba, vale consultar um nutricionista. O profissional vai ajudar a definir a quantidade, de acordo com a modalidade, e ajustar outros detalhes. “Algumas preparações muito concentradas podem até causar desconfortos intestinais capazes de prejudicar o rendimento nas provas”, alerta Giuliana Modenezi. Por fim, aos que ainda não são tão fãs da raiz, mas que pretendem incluí-la no cardápio do dia a dia, a especialista avisa que mudanças no tom das fezes e da urina são esperadas após a ingestão. “A coloração rosa é um efeito colateral do consumo e é inofensivo”, explica. (Fonte: Agência Einstein) Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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