Demência: cientistas descobrem como antecipar diagnóstico em 10 anos Ouvir 13 de fevereiro de 2024 Cientistas deram um passo importante para desenvolver um exame de sangue capaz de diagnosticar a demência antes do aparecimento dos sintomas. A descoberta foi publicada na segunda-feira (12/2), na revista Nature Aging. Usando informações de saúde de 52.645 pessoas, os cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e da Universidade Fudan, na China, conseguiram identificar biomarcadores relevantes para o Alzheimer e outras formas de demência. Leia também Saúde Ter animal de estimação pode prevenir demência em idosos, diz estudo Saúde Ter sono irregular aumenta em 53% o risco de demência, diz estudo Saúde Colesterol bom alto demais aumenta risco de demência, diz estudo Saúde Oxford aponta 8 fatores de risco para demência modificáveis. Confira Os pesquisadores usaram amostras de sangue coletadas entre 2006 e 2010 para o projeto Biobank, do Reino Unido. Entre os voluntários, 1.417 desenvolveram Alzheimer, demência vascular ou demência por qualquer causa em um período de 14 anos. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas PM Images/ Getty Images ***Foto-medico-olhando-tomografia.jpg Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images ***Foto-mulher-com-a-mao-na-cabeca.jpg Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce Westend61/ Getty Images ***Foto-idoso-com-as-maos-na-cabeca.jpg Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano urbazon/ Getty Images ***Foto-pessoa-andando-em-um-labirinto.jpg Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença OsakaWayne Studios/ Getty Images ***Foto-idoso-com-as-maos-na-cabeca-2.jpg Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns Kobus Louw/ Getty Images ***Foto-medicos-olhando-tomografia.jpg Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença Rossella De Berti/ Getty Images ***Foto-maos-em-cima-da-mesa-segurando-remedio.jpg O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images Voltar Progredir 0 Proteínas indicam futuro diagnóstico de demência Ao comparar as amostras de sangue desses indivíduos com as das pessoas que permaneceram saudáveis, os investigadores encontraram 1.463 proteínas associadas à demência e classificaram-nas de acordo com uma escala de probabilidade para as doenças neurodegenerativas. As pessoas cujo sangue continha níveis mais elevados das proteínas GFAP, NEFL, GDF15 e LTBP2 tinham consistentemente maior probabilidade de desenvolver Alzheimer, demência vascular ou demência por qualquer causa. Os indivíduos com níveis elevados de GFAP, proteína que fornece suporte estrutural às células nervosas chamadas astrócitos, tinham 2,32 vezes mais probabilidade de desenvolver demência em comparação às pessoas com níveis normais. “Estudos como este são necessários se quisermos intervir com terapias modificadoras da doença na fase inicial da demência”, afirmou a neurocientista da University College London Amanda Heslegrave, em declaração ao Science Media Centre. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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