Esteatose hepática: o que é e como prevenir. Ouvir 8 de fevereiro de 2024 Esteatose hepática, você já deve ter ouvido falar nessa condição como algo preocupante. Mas será que todo mundo pode ser afetado por ela? Há como se prevenir? Para responder a essas perguntas, precisamos entender o que é essa doença e quais suas características. A esteatose hepática é definida como um acúmulo de gordura (triacilgliceróis) nas células do fígado (hepatócitos). Podemos dividir os casos clínicos em dois tipos, a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e a doença hepática gordurosa alcoólica (DHGA). A DHGNA é a que mais afeta a população e estima-se que venha a se tornar a indicação mais comum para transplante de fígado. Algumas situações podem atuar como fator causador da doença, como uso de esteroides, quimioterapia, má qualidade nutricional da dieta, genética, entre outros. O excesso na ingestão de carboidratos tanto pode influenciar no surgimento da doença, como ajudar em sua progressão, principalmente quando o carboidrato é a frutose, um açúcar encontrado em diversos produtos in natura (frutas) e industrializados. Geralmente o consumo excessivo desse açúcar vai estar ligado com um quadro de obesidade, fator que também gera maior predisposição ao desenvolvimento da doença hepática. Vamos entender melhor esse assunto. Quais são os dois tipos de esteatose hepática? Os dois principais tipos de esteatose hepática são: Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) Essa condição é caracterizada pela presença de gordura no fígado, sem inflamação ou danos significativos às células hepáticas. A DHGNA é frequentemente associada à síndrome metabólica, obesidade, diabetes e hiperlipidemia. Cerca de 80% dos pacientes com síndrome metabólica têm DHGNA. Doença Hepática Gordurosa Alcoólica (DHGA) É similar à DHGNA em termos de acúmulo de gordura no fígado, mas está diretamente relacionada ao consumo excessivo de álcool. A DHGA pode progredir para formas mais graves de doença hepática, incluindo hepatite alcoólica e cirrose. A atenção a ambas as condições é importante devido ao potencial de progressão para formas mais sérias de doença hepática, como esteato-hepatite, fibrose e cirrose. A distinção entre essas duas condições geralmente se baseia na história clínica do paciente, em particular no consumo de álcool, bem como em achados de exames laboratoriais e de imagem. Para informações mais detalhadas e específicas, é recomendável consultar fontes médicas especializadas e profissionais de saúde. Quais são as principais causas de esteatose hepática? As principais causas dessa condição, também conhecida como fígado gorduroso, incluem uma variedade de fatores de risco e condições subjacentes. De forma resumida, destacamos algumas causas apontadas na literatura científica: Uso de esteroides O uso de esteroides anabolizantes pode estar associado ao desenvolvimento de esteatose hepática. Afinal, esses medicamentos alteram o metabolismo dos lipídios e afetam a função hepática. Obesidade A obesidade é uma das principais causas da esteatose hepática. O excesso de gordura corporal, especialmente na área abdominal, aumenta significativamente o risco de acumulação de gordura no fígado. Hipotireoidismo O hipotireoidismo, uma condição em que a tireoide não produz hormônios suficientes, pode contribuir para o desenvolvimento de esteatose. Isso ocorre devido a alterações no metabolismo, provocadas por esse desequilíbrio hormonal, que levam ao acúmulo de gordura no fígado. Drogas Alguns medicamentos causam ou exacerbam a esteatose. Isso inclui certos tipos de medicamentos antipsicóticos, corticosteróides e alguns agentes quimioterápicos. Alterações dos lipídios Desequilíbrios nos níveis de lipídios no sangue, como colesterol e triglicerídeos, estão associados ao aumento do risco de esteatose hepática. Isso se deve ao acúmulo excessivo de gordura no fígado. Quais são os principais sintomas da esteatose hepática? Os principais sintomas da esteatose variam de acordo com a gravidade e a causa subjacente da doença. Entretanto, muitas vezes, a esteatose hepática é assintomática, especialmente em seus estágios iniciais. Quando os sintomas ocorrem, eles incluem: Fadiga: a sensação de cansaço ou fadiga é comum em pessoas com esteatose; Dor ou desconforto na parte superior direita do abdômen: algumas pessoas experimentam uma leve dor na área onde o fígado está localizado; Aumento do volume do fígado: conhecido como hepatomegalia, pode ser observado em exames físicos ou de imagem; Perda de peso sem causa aparente: em alguns casos, pode ocorrer perda de peso não intencional; Icterícia: em estágios mais avançados, ocorre amarelamento da pele e dos olhos, conhecido como icterícia. Como prevenir e tratar a esteatose hepática? Para prevenir e tratar a esteatose hepática, é importante considerar diversos aspectos da dieta e do estilo de vida: Consumo de proteína Uma dieta rica em proteínas é benéfica na prevenção e reversão da esteatose hepática. Um estudo destacou os efeitos positivos de uma dieta com alta ingestão de proteínas na redução da esteatose hepática e obteve bons resultados. Vitamina E A vitamina E tem demonstrado benefícios no tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Estudos indicam que a vitamina E é importante para melhorar perfis bioquímicos e resultados histológicos em pacientes com esteatose hepática, particularmente aqueles sem diabetes e com evidências histológicas de esteato-hepatite não alcoólica. Prática de exercícios físicos O exercício físico, mesmo sem intervenção dietética, contribui para melhorar a gordura hepática. Diversas pesquisas apontam que a atividade física ajuda a reduzir a gordura no fígado e pode ser um indicador útil para quantificar mudanças na gordura hepática. Restrição no consumo de bebida alcoólica e alimentos ultraprocessados A redução do consumo de álcool e alimentos ultraprocessados é crucial na prevenção e tratamento da esteatose hepática. Afinal, esses elementos contribuem para o acúmulo de gordura no fígado. Medicamentos prescritos por profissionais Em alguns casos, podem ser necessários medicamentos para tratar a esteatose hepática. Estes devem ser prescritos e monitorados por um profissional de saúde, considerando as condições individuais de cada paciente. Portanto, a abordagem para prevenir e tratar a esteatose hepática envolve uma combinação de dieta saudável, exercício físico e cuidado médico. É importante consultar um profissional de saúde para obter orientação personalizada e adequada à situação específica de cada indivíduo. Conclusão Neste artigo, esperamos ter ajudado você a compreender melhor a esteatose hepática e como é possível prevenir essa condição. É muito importante que pacientes diagnosticados com a doença melhorem seus hábitos de vida. A começar pela prática de atividades físicas e busca por maior qualidade alimentar. A gestão eficaz dessa condição frequentemente requer uma abordagem multidisciplinar, o que corrobora a importância do acompanhamento médico regular e da conscientização sobre os fatores de risco e estratégias de prevenção. Fontes: Prevention and reversal of hepatic steatosis with a high-protein diet in mice The Role of Vitamin E in the Treatment of NAFLD Effect of exercise on hepatic steatosis: Are benefits seen without dietary intervention? A systematic review and meta-analysis O post Esteatose hepática: o que é e como prevenir. apareceu primeiro em Blog Nutrify. Nutrição
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