“Facas na uretra”: veja relatos impressionantes de quem teve mpox Ouvir 23 de agosto de 2024 A mpox voltou a ser motivo de preocupação global depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como uma emergência de saúde internacional. A apreensão das autoridades é que a nova variante do vírus, o clado Ib, se espalhe da mesma forma que o clado 2 se disseminou em 2022. Leia também Saúde Como são as lesões da mpox? Saiba como se proteger da infecção Saúde Europa registra 100 casos diários de mpox e OMS pede ação global Mundo “Mpox não é nova Covid-19”, afirma diretor da OMS Projeto Comprova O que é a mpox, doença que levou OMS a declarar emergência global Em entrevista à rede NBC, dos Estados Unidos, o enfermeiro Mark Hall, de Nova York, descreveu que a infecção pelo vírus causa dores semelhantes a de ter facas tentando sair de dentro da pele da uretra. “Parece que mil facas em chamas estão tentando sair da minha uretra ao mesmo tempo”, disse. Também à NBC, o jovem Rob Short disse quase ter desmaiado de tanta dor. “É a merda mais dolorosa que você vai ter na vida”. Morador de NY, Luke Brown, de 29 anos, contou que se tornou ativista após ser diagnosticado com a doença em 2022. “Fiz um exame de pele e notei minha primeira lesão. Na manhã seguinte, estava no consultório do meu médico e pedi para ele coletar uma amostra da lesão. Esperei dois dias pelo resultado, durante os quais desenvolvi os outros sintomas: febre, dores no corpo, calafrios e suores. Poucos dias depois, obtive os resultados positivos do teste de varíola. E então, bum, logo depois disso, tive uma segunda explosão de lesões — como estrelas no céu — por todo o meu corpo”, contou o rapaz à revista Time em 2022. Luke lembrou ter sentido uma dor excruciante, a pior dor da vida dele — mesmo tendo passado por algumas cirurgias antes e um acidente de carro. “Fiz cirurgia de sinusite quatro vezes. Tirei dentes do siso. Tive Covid-19 e mononucleose. Quebrei minha mão, e a dor não era nada parecida com isso. Os médicos me deram medicamentos, mas nada sequer diminuiu a dor”, afirmou. 11 imagens Fechar modal. 1 de 11 A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas Jackyenjoyphotography/ Getty Images 2 de 11 Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas koto_feja/ Getty Images 3 de 11 Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família “ortopoxvírus”. A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia Wong Yu Liang/ Getty Images 4 de 11 Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses Jackyenjoyphotography/ Getty Images 5 de 11 Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi Jackyenjoyphotography/ Getty Images 6 de 11 A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose A Mokhtari/ Getty Images 7 de 11 A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas David Talukdar/Getty Images 8 de 11 A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção bymuratdeniz/ Getty Images 9 de 11 Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem Isai Hernandez / Getty Images 10 de 11 A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas Sebastian Condrea/ Getty Images 11 de 11 O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images Mpox A mpox, anteriormente conhecida como monkeypox ou varíola dos macacos, é transmitida entre pessoas através do contato direto com a pele infectada, segundo alerta a OMS. Isso pode ocorrer durante o contato cara a cara (falando ou respirando), beijo, contato pele a pele (toque ou relação sexual) ou boca-pele (sexo oral ou beijo na pele). Gotículas respiratórias ou aerossóis de curto alcance também transmitem o vírus. “O vírus entra no corpo através de pele com feridas, superfícies mucosas (oral, faríngea, ocular, genital, anorretal) ou via trato respiratório. A mpox pode se espalhar para outros membros da família e para parceiros sexuais”, detalhou a OMS em comunicado à imprensa. Sintomas de mpox Os primeiros sinais e sintomas da mpox costumam aparecer dentro de uma semana após o contato com o vírus. Os sintomas geralmente duram de duas a quatro semanas e incluem: Irritação na pele; Erupção cutânea dolorosa Febre; Dor de garganta; Dor de cabeça; Dores musculares; Dor nas costas; Baixa energia; Gânglios linfáticos inchados. Como são as feridas da mpox? A erupção começa como uma ferida plana que se desenvolve em uma bolha com pus, causando coceira e dor. Com o passar dos dias, conforme a erupção cicatriza, as lesões secam, formam crostas e caem. As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo. Algumas pessoas têm apenas uma ou algumas erupções, enquanto outras desenvolvem centenas nas palmas das mãos e solas dos pés, rosto, boca, garganta, virilha, áreas genitais e ânus. 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