Saúde estuda limitar vacina da Covid a grupos prioritários em 2024 Ouvir 22 de setembro de 2023 Florianópolis – O Ministério da Saúde estuda concentrar a aplicação das vacinas contra Covid-19 apenas em grupos prioritários – crianças com idades entre 6 meses e 5 anos, idosos, pessoas imunocomprometidas, trabalhadores de saúde, gestantes e puérperas. A imunização do resto da população estaria condicionada às doses que sobrassem após a vacinação dos grupos que correm mais risco de terem consequências graves em razão da infecção provocada pelo coronavírus. A estratégia de focar em públicos prioritários é usada, atualmente, para a campanha de imunização da gripe. A imunização só é aberta ao restante da população quando sobram doses depois do período reservado aos prioritários. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a propasta de restringir a vacinação da Covid será discutida com estados e municípios antes de ser adotada. O representante do Ministério da Saúde explica que o modelo está de acordo com as diretrizes do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage), da Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo reúne especialistas em imunização de todo mundo e orienta as diretrizes repassadas pela agência internacional de promoção à saúde aos países. Leia também Saúde Covid: especialistas sugerem dose única da vacina uma vez ao ano Distrito Federal DF: alta de casos de Covid reacende alerta sobre importância da vacina Saúde Covid: FDA aprova uso de vacinas mais atualizadas da Pfizer e Moderna Saúde Vacinação e novas variantes de Covid: entenda os cenários futuros O Sage atualizou as recomendações sobre a vacinação contra a Covid-19 em março de 2023, estabelecendo que os grupos de alta prioridade recebam reforços em prazos entre seis meses ou um ano após a última dose aplicada. Já os adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes não têm necessidade de tomar doses periódicas de reforço se estiverem imunizados contra Covid com a dose primária e o primeiro reforço. “Embora reforços adicionais sejam seguros para este grupo (adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes), o Sage não os recomenda rotineiramente, dados os retornos comparativamente baixos para a saúde pública”, afirmaram os consultores. Mudança de rota O representante do Ministério da Saúde considera que é necessário revisar a estratégia atual. “Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, a decisão final ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite”, afirmou Gatti, durante encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Florianópolis. Cópia de 3 Cards_Galeria_de_Fotos (14) Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19 Istock ***Vacinação de crianças contra Covid-19 A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem Rafaela Felicciano/Metrópoles ***Vacinação contra gripe Influenza Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente Tomaz Silva/Agência Brasil ***DF começa a imunizar jovens de 12 anos e reforça vacina de idosos de 80 anos Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada Hugo Barreto/Metrópoles ***vacina adulto Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova Westend61/GettyImages ***Vacina contra covid _ Coronavac _ butantan O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma Rafaela Felicciano/Metrópoles ***vacina covid Aumento no numero de casos covid-19 e Influenza no Brasil 6 Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer Arthur Menescal/Especial Metrópoles ***Aldeia Ticuna _ indigenas sao vacinados contra covid-19 na amazonia As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea Rafaela Felicciano/Metrópoles ***Com baixa procura, vacinação contra H1N1 em Goiânia foca em i Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19 Vinícius Schmidt/Metrópoles Voltar Progredir 0 A imunização é essencial para garantir a proteção contra quadros graves da doença, que podem levar à hospitalizações e óbitos. A vacina também é importante para controlar a disseminação do vírus. A repórter viajou para Florianópolis a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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