Transtorno alimentar é baixo entre adeptos de dieta vegana, diz estudo Ouvir 20 de setembro de 2023 Transtornos alimentares e comportamentos alimentares disfuncionais são caracterizados pela prática de dietas restritivas na intenção obsessiva de atingir uma boa forma física ou controle do peso corporal. Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) investigou a prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais entre adeptos da dieta vegana, que ganhou popularidade devido a questões de sustentabilidade. Leia também Vida & Estilo Influenciadora vegana morre após anos se submetendo a dieta extrema Vida & Estilo Estudo revela alimento indispensável para uma dieta vegana; saiba qual Saúde Carol Peixinho conta ter sofrido compulsão alimentar na adolescência Saúde Compulsão alimentar fez influencer engordar 15kg; entenda transtorno Os resultados, publicados na revista JAMA Network Open em junho deste ano, revelaram que apenas 0,6% dos quase mil participantes apresentaram comportamento alimentar disfuncional, um valor consideravelmente menor que os 6,5% observados na população brasileira em geral. O objetivo da equipe era examinar a relação entre comportamentos alimentares disfuncionais e a escolha da dieta vegana. “Os resultados do estudo tiram esse peso da alimentação vegana, pois indicam que a presença de comportamentos alimentares disfuncionais está mais associada aos motivos que levaram à adoção de uma determinada dieta do que ao tipo de dieta em si”, afirma o professor Hamilton Roschel. Food containing magnesium and potassium Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso iStock dieta_mediterranea Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares dose-juice-ocnsb17U6FE-unsplash Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal Dose Juice/Unsplash Buddha bowl dish with chicken fillet, brown rice, pepper, tomato, broccoli, onion, chickpea, fresh lettuce salad, cashew and walnuts. Healthy balanced eating. Top view. White background Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações iStock Ingredients for a healthy breakfast Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso david-b-townsend-fV3zTanbO80-unsplash Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares David B Townsend/Unsplash stir fried vegetables Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética ola-mishchenko-VRB1LJoTZ6w-unsplash Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências Ola Mishchenko/Unsplash rui-silvestre-D3lKRy7A_FY-unsplash Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio Rui Silvestre/Unsplash sharon-chen-L1ZhjK-R6uc-unsplash Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação Sharon Chen/Unsplash Voltar Progredir 0 Transtorno alimentar ou preocupação com os animais A pesquisa envolveu um questionário online respondido por 971 pessoas maiores de 18 anos em todo o país, que coletou informações sociodemográficas e avaliou os hábitos alimentares. A motivação “ética e direitos dos animais” foi mencionada por 62% dos participantes como motivo para aderir à dieta vegana, enquanto apenas 10% mencionaram “razões de saúde”, o que pode explicar a baixa prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais. Roschel enfatizou a importância de entender as motivações por trás das escolhas alimentares para desenvolver programas de atendimento nutricional mais eficazes. Além disso, destacou a necessidade de estudos adicionais com amostras mais diversificadas. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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