Dengue: saúde restringe vacinação para pessoas de 10 a 14 anos Ouvir 22 de janeiro de 2024 O Ministério da Saúde decidiu restringir a aplicação da vacina contra a dengue em 2024 para as crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, segundo confirmou a pasta ao Metrópoles nesta segunda-feira (22/1). Especialistas da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) tinham sugerido que o ministério seguisse a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para priorizar a vacinação na faixa etária entre 6 e 16 anos, como foi anunciado na última quinta-feira (15/1). No entanto, a limitação do número de doses disponíveis e da capacidade de fabricação pela farmacêutica Takeda fez com que a ministério restringisse ainda mais o grupo, focando a imunização nas crianças e adolescentes de 10 e 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas. “Diante da capacidade limitada de fabricação de doses da vacina, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 2024, já que o imunizante precisa de duas doses, com intervalo mínimo de três meses”, segundo publicação no site da pasta. Os idosos, gestantes e lactantes ficaram de fora do plano de vacinação porque a vacina da Takeda, conhecida como Qdenga, é indicada em bula apenas para indivíduos de 4 a 60 anos de idade. Leia também Saúde Qdenga: quem pode tomar a vacina contra a dengue? Distrito Federal Dengue: saiba o valor da multa para quem jogar lixo nas ruas no DF Brasil Primeiras doses de vacina contra a dengue chegam ao Brasil Distrito Federal “Que seja ampliada rápido”, diz Ibaneis sobre vacinação contra dengue Início da vacinação A primeira remessa da vacina que será distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) chegou ao Brasil no sábado (20/1). As cerca de 750 mil doses fazem parte de um total de 1,32 milhão de vacinas doadas pela farmacêutica Takeda. Uma segunda remessa, com outras 570 mil doses, tem previsão de entrega para fevereiro. Além disso, a previsão é que sejam entregues outras 5,2 milhões de doses do imunizante em etapas, entre fevereiro e novembro de 2024. A expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam vacinadas. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (4) A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue.jpg O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue-2.jpg A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue-3.jpg No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images ***Foto-pessoa-olhando-termometro.jpg Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-em-maca-hospitalar.jpg No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images ***Foto-pessoa-em-frente-a-vaso-vomitando.jpg Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images ***Foto-pessoa-sentada-em-cama-de-hospital.jpg Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-no-chao.jpg Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images ***Foto-pessoa-segurando-remedio-nas-maos.jpg Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-em-maca-hospitalar-2.jpg Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images Voltar Progredir 0 “As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses”, afirma a pasta. A vacinação está programada para começar em fevereiro. O ministério deve divulgar o plano de operacionalização nos próximos dias, com a definição do público-alvo e as regiões para aplicação das doses. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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