Névoa cerebral da Covid-19 pode te deixar menos inteligente Ouvir 2 de março de 2024 Quem já foi infectado pelo SARS-CoV-2 costuma relatar perda de memória, dificuldade de concentração e raciocínio, além de fadiga e confusão mental. Esses sintomas são conhecidos como a ‘névoa cerebral’ da Covid-19. Um novo estudo descobriu que ela é responsável por uma redução considerável no nível de QI de pacientes. A conclusão é da REACT (Avaliação em Tempo Real da Transmissão Comunitária), uma das maiores pesquisas sobre os efeitos prolongados da doença, que foi publicada no The New England Journal of Medicine. Névoa cerebral do Covid-19 reduz o QI Durante o REACT, cerca de 112.000 pacientes realizaram uma avaliação online sobre os efeitos cognitivos da Covid-19. Os resultados mostraram que os participantes com Covid-19 prolongada tiveram uma queda de aproximadamente 6 pontos no QI em comparação com os não infectados. O maior impacto foi detectado na memória, planejamento espacial e raciocínio verbal. Também foi constatado que os efeitos variaram conforme a duração da doença, a variante do vírus e a hospitalização. Entre as pessoas que tiveram uma recuperação rápida da doença, houve uma redução menor: cerca de 3 pontos no QI, comparado com os não infectados. Imagem: New England Journal of Medicine Leia mais: Covid longa causa mudanças microestruturais no cérebro Covid longa aumenta chances de problemas no cérebro e pulmão, diz estudo Música e alto QI: qual o estilo musical de pessoas inteligentes? Apesar de parecer pequeno, o impacto é grande No cotidiano, uma redução de QI desse tamanho pode ser considerada quase insignificante. Apenas uma pequena parcela dos pacientes vai enfrentar algum sintoma mais severo. No entanto, segundo os pesquisadores, se considerarmos a escala global da pandemia, a situação é bem diferente. Em entrevista ao New Atlas, os cientistas Ziyad Al-Aly e Clifford Rosen expressaram suas preocupações de que, como milhares de pessoas foram infectadas, alguns efeitos mais graves podem aparecer a longo prazo. Não está claro se um grupo de pessoas é afetado mais gravemente do que outros. Se esses déficits cognitivos persistem ou desaparecem junto à trajetória de recuperação. Será que os déficits cognitivos associados à Covid-19 conferirão uma predisposição para um risco mais elevado de doença de Alzheimer ou outras formas de demência mais tarde na vida? Mas nem tudo é notícia ruim! Ao longo da recuperação do paciente com Covid-19, apenas déficits cognitivos semelhantes aos da doença leve foram detectados. O impacto cognitivo parece ter diminuído desde o início da pandemia, especialmente com a cepa Ômicron. No entanto, os pesquisadores afirmam que é crucial continuar monitorando as consequências a longo prazo da Covid-19. Sobre a avaliação A pesquisa sobre a névoa cerebral da Covid-19 faz parte do estudo REACT, que acompanha quase três milhões de pessoas na Inglaterra desde abril de 2020 para entender os sintomas prolongados da Covid-19. Este estudo específico examinou cerca de 112.000 participantes, utilizando avaliações online em escala para medir os aspectos cognitivos afetados pelo vírus. Descobriu-se que entre 3% e 4% dos participantes apresentavam sintomas de Covid-19 prolongados, que duraram mais de 12 semanas, com a maioria ainda tendo sintomas mesmo após um ano. O post Névoa cerebral da Covid-19 pode te deixar menos inteligente apareceu primeiro em Olhar Digital. Notícias
Exercícios e ioga ajudam a melhorar função respiratória de asmáticos 19 de setembro de 2023 A ioga e outros exercícios podem ajudar a melhorar a função pulmonar de pacientes asmáticos, mostra uma revisão de estudos conduzida por cientistas chineses da Universidade Henan, recém-publicada no Annals of Medicine, que comparou o efeito de diversas práticas respiratórias em casos de asma. Para chegar ao resultado, os autores… Read More
Confira 5 cuidados que diabéticos devem ter para evitar complicações 10 de agosto de 2024 Diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, estando diretamente relacionada ao estilo de vida e a fatores como obesidade, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Para evitar complicações graves, é fundamental que os diabéticos adotem medidas preventivas e mantenham o controle rigoroso da… Read More
EUA revoga licença de médicos que defenderam ivermectina contra Covid 20 de agosto de 2024 O Conselho Americano de Medicina Interna (ABIM), órgão dos Estados Unidos com atribuições semelhantes às do Conselho Federal de Medicina (CFM), decidiu revogar as licenças médicas de dois profissionais que defendiam o uso da ivermectina no combate à Covid. Com a medida, os médicos Pierre Kory e Paul Marik foram… Read More