Novos estudos associam remédios agonistas do GLP-1 a doenças oculares Ouvir 12 de agosto de 2025 Medicamentos para diabetes e perda de peso voltaram a ser associados a problemas oculares em duas pesquisas abrangestes, publicadas nessa segunda-feira (11/8) na revista Jama Network Open. Pesquisadores da Case Western Reserve University e do Lahey Hospital & Medical Center, ambos nos Estados Unidos, analisaram dados de milhões de pessoas com diabetes tipo 2 e encontraram um risco maior de distúrbios do nervo óptico e retinopatia diabética entre usuários de medicamentos da classe dos agonistas do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1), que inclui remédios com semaglutida e tirzepatida. Leia também Saúde Semaglutida para emagrecer: entenda o que acontece no seu corpo Saúde Novo remédio experimental promete perda de peso sem afetar o apetite Claudia Meireles Ozempic x Mounjaro: veja qual medicação é melhor para a perda de peso Saúde Canetas emagrecedoras: veja diferenças entre Wegovy, Mounjaro e Olire Diabetes tipo 2 A diabetes tipo 2 é uma doença crônica marcada pela resistência à insulina e pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Mais comum em adultos, a condição está frequentemente relacionada à obesidade e ao envelhecimento. Entre os principais sintomas estão sede excessiva, urina frequente, fadiga, visão embaçada, feridas de cicatrização lenta, fome constante e perda de peso sem causa aparente. O tratamento envolve medicamentos para controlar a glicemia e, em alguns casos, aplicação de insulina. Mudanças no estilo de vida, como perda de peso, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, são essenciais para o controle da doença. O primeiro estudo analisou registros de saúde de mais de 1,5 milhão de pacientes com diabetes tipo 2 que não apresentavam doenças oculares prévias. Para garantir uma comparação equilibrada, os pesquisadores parearam os participantes de acordo com idade, sexo e outras características relevantes. Dessa forma, formaram-se dois grupos de 79.699 pessoas cada — um que usava semaglutida ou tirzepatida e outro tratado com diferentes medicamentos para diabetes — totalizando 159.398 pacientes monitorados por até dois anos. Os resultados mostraram que o grupo que recebeu os medicamentos da classe GLP-1 apresentou risco maior de desenvolver neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIANA) e outros distúrbios do nervo óptico. Ainda assim, o risco absoluto foi baixo, com 35 casos de neuropatia óptica no grupo que usou semaglutida ou tirzepatida (0,04%) e 19 casos no grupo de comparação (0,02%). Segundo os autores, os achados reforçam a importância de monitorar de perto os pacientes que utilizam esses medicamentos. Ligação com retinopatia diabética O segundo estudo analisou dados de mais de 185 mil pessoas com diabetes tipo 2 que receberam pelo menos duas prescrições de medicamentos GLP-1, com intervalo mínimo de seis meses entre elas. Os resultados apontaram um risco um pouco maior de desenvolver retinopatia diabética, complicação que afeta os olhos e pode causar perda de visão. Entre quem já tinha a doença, porém, não houve piora relevante nos casos mais graves, como edema macular, glaucoma neovascular ou cegueira recente. Mesmo com esse aumento discreto no risco, os pesquisadores reforçam que todos os pacientes com diabetes tipo 2 em uso de agonistas do receptor GLP-1 devem realizar exames oftalmológicos regulares para identificar possíveis complicações. Embora essas medicações sejam fundamentais no controle do diabetes e da obesidade, os dados mostram que médicos e pacientes precisam ficar atentos a sinais que indiquem problemas de visão. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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