Vacinação e novas variantes de Covid: entenda os cenários futuros Ouvir 8 de setembro de 2023 O número de novos casos de Covid-19 segue em ascensão em algumas partes do mundo após o surgimento de novas variantes do coronavírus, como a Éris (EG.5) e Pirola (BA.2.86). No Distrito Federal, foram registrados 626 novos casos da doença em uma semana, com a taxa de transmissão subindo para 1,36 nessa quarta-feira (6/9), segundo dados da Secretaria de Saúde do DF. Autoridades em saúde ressaltam a necessidade de a população não vacinada, ou que está com doses em atraso, garantir a imunização para evitar a ocorrência de casos graves, hospitalizações e transmissão para pessoas com o sistema imunológico mais fragilizado. “Uma das nossas maiores preocupações é o baixo nível de indivíduos em risco que receberam recentemente uma dose da vacina contra a Covid-19. Nossa mensagem é para não esperar para receber uma dose adicional se ela for recomendada a você”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (6/9). De acordo com a OMS, as hospitalizações pela doença estão aumentando em várias regiões do mundo: as internações em unidade de terapia intensiva (UTI) cresceram na Europa e o número de mortes está subindo em algumas partes do Oriente Médio e da Ásia. “O aumento de hospitalizações e mortes mostra que a Covid-19 veio para ficar e que continuaremos a precisar de ferramentas para combatê-la”, comentou Ghebreyesus. Globalmente, não existe uma variante dominante. Os dados da OMS mostram que a Éris (EG.5) está em alta, enquanto as subvariantes XBB estão em declínio. A Pirola (BA.2.86) foi detectada em pequenos números em 11 países. Vacinação O virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), acredita que o programa de vacinação com reforços anuais tende a se consolidar como a melhor alternativa para manter a população protegida contra quadros graves e aumento de hospitalizações e mortes. “A alternativa correta vem sendo adotada”, afirma Spilki. Cópia de 3 Cards_Galeria_de_Fotos (14) Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19 Istock ***Vacinação de crianças contra Covid-19 A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem Rafaela Felicciano/Metrópoles ***Vacinação contra gripe Influenza Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente Tomaz Silva/Agência Brasil ***DF começa a imunizar jovens de 12 anos e reforça vacina de idosos de 80 anos Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada Hugo Barreto/Metrópoles ***vacina adulto Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova Westend61/GettyImages ***Vacina contra covid _ Coronavac _ butantan O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma Rafaela Felicciano/Metrópoles ***vacina covid Aumento no numero de casos covid-19 e Influenza no Brasil 6 Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer Arthur Menescal/Especial Metrópoles ***Aldeia Ticuna _ indigenas sao vacinados contra covid-19 na amazonia As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea Rafaela Felicciano/Metrópoles ***Com baixa procura, vacinação contra H1N1 em Goiânia foca em i Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19 Vinícius Schmidt/Metrópoles Voltar Progredir 0 Novas vacinas A Pfizer e a Moderna sinalizaram, na quarta-feira, que as versões atualizadas de suas vacinas geram uma forte resposta contra a Pirola (BA.2.86). A linhagem descendente da Ômicron tem mais de 35 mutações na proteína spike, o que aumenta a preocupação sobre ela. A vacina da Pfizer/BioNTech gerou uma forte resposta de anticorpos neutralizantes contra a variante em um estudo em estágio pré-clínico feito com camundongos. Já o imunizante da Moderna provocou um aumento de 8,7 vezes o número de anticorpos neutralizantes gerados contra a linhagem do coronavírus, em comparação aos anticorpos produzidos após a infecção. Outras medidas de proteção contra novas variantes Além da vacinação, é importante que a população volte a prestar atenção em outros cuidados gerais de higiene cotidiana, como lavar as mãos com água e sabão ou álcool, manter os ambientes ventilados, e usar máscara quando estiver com sintomas ou convivendo com pessoas com sintomas respiratórios. O virologista Spilki ressalta ainda a necessidade urgente de os estados retomarem a publicação dos painéis de acompanhamento do número de casos, internações e óbitos. “Em muitas regiões isto foi abandonado e ficamos navegando, em parte, às escuras”, considera. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Notícias
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