“A psoríase me levou à depressão”, desabafa jornalista de 27 anos Ouvir 12 de outubro de 2023 O preconceito e o bullying enfrentados por causa da psoríase tiveram um impacto devastador na vida de Luana Cianci, 27 anos. A jornalista passou a adolescência tentando esconder as marcas na pele, o que a levou a um quadro grave de depressão. “Vivi uma infância marcada pelo preconceito. Por anos, evitei usar roupas curtas ou com decote, que mostrassem as lesões da psoríase. Em 2017, tive uma depressão profunda pela carga emocional ligada à doença”, contou ao Metrópoles. Leia também Saúde Psoríase: prevenção, sintomas e tratamentos da doença Saúde “Uma doença de pele quase me matou”, diz homem com psoríase grave Saúde “Meus dedos entortaram. Só um escapou”, diz homem com psoríase grave Saúde Psoríase: saiba sintomas da doença que afeta o cantor Xand Avião Luana foi diagnosticada com psoríase aos 9 anos de idade, aproximadamente dois anos depois do aparecimento das primeiras lesões. Antes da família saber o que a criança tinha, o problema vinha sendo tratado com remédios caseiros que chegaram até a piorar o quadro. “Tinha muito pitaco. Algumas pessoas falavam que as manchas eram de impingem (um tipo de infecção fúngica) e diziam para pintar com caneta. Outras falavam para passar tônicos de plantas. Nada dava resultado, e algumas soluções inflamavam ainda mais a minha pele”, recorda. O dia do diagnóstico ficou registrado na memória dela pela forma como o pai lidou com a situação. Ao sair do Hospital das Clínicas (HC/FMUSP), ele parou em uma banca de revistas para imprimir todas as informações repassadas pelo médico. “O meu pai falou ‘você precisa entender o que tem’”, conta. Luana Cianci – psoríase (2) Luana foi diagnosticada com psoríase aos 9 anos de idade Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Luana Cianci tem psoríase Ela aprendeu a lidar com a doença Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Luana Cianci – psoríase (3) Até os 22 anos, Luana fez o possível para esconder as marcas da psoríase espalhadas pelo corpo Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Luana Cianci – psoríase (4) A doença pode se manifestar com lesões graves Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Luana Cianci – psoríase (1) Luana fez um ensaio fotográfico para mostrar as marcas da psoríase após superar a depressão Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Luana Cianci – psoríase (5) Hoje as lesões estão controladas Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Luana Cianci tem psoríase Luana Cianci/ Imagem cedida ao Metrópoles Voltar Progredir 0 Psoríase A psoríase é uma doença crônica da pele caracterizada pela presença de manchas rosadas ou avermelhadas, que são cobertas por escamas esbranquiçadas. Ela costuma aparecer no couro cabeludo como uma caspa que não melhora, também se manifesta nos cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco. A doença não é contagiosa ao toque de outras pessoas. O problema de saúde é considerado multifatorial. Está relacionado a alterações imunes importantes, fatores genéticos e ambientais – como o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, o estresse e a poluição do ar. A dermatologista Aline Bressan esclarece que, ao contrário do que muitos pacientes acreditam, a psoríase não é uma doença emocional, mas pode ser desencadeada por uma crise como a perda de um ente querido, uma separação ou um quadro de estresse. “Em alguns casos, o paciente já tinha pré-disposição à doença, mas ela não tinha aparecido. A crise foi o gatilho”, explica. De acordo com a médica, quando a doença é diagnosticada no início, ainda na fase leve, ela causa um impacto menor ao paciente porque é mais fácil de ser tratada. Ao longo da vida, os pacientes podem passar por fases de melhora dos sintomas e recaídas relacionadas ao estresse, traumas físicos, infecções e uso de drogas. Tratamento Na infância, o quadro de Luana foi controlado com o uso de pomadas. Na adolescência, a paulistana entrou em um período de ciclos da doença, com fases de estabilidade alternando com pioras acentuadas. Segundo Luana, a fase mais difícil foi em 2017, quando ela tinha 22 anos e ficou internada por cinco dias em uma clínica psiquiátrica. “Não conseguia me olhar no espelho e nem encontrar a minha identidade”, diz. A partir dali, ela entendeu que precisava de ajuda psicológica para lidar com o problema. “Quando sai de lá, queria uma nova oportunidade para a minha vida. Busquei as informações que o meu pai imprimiu na porta do hospital para entender o que era a psoríase e procurei ajuda terapêutica”, afirma. Nesse percurso, Luana aceitou fazer um ensaio de fotos e postá-las nas redes sociais. O que ela não imaginava era que encontraria uma rede de apoio entre desconhecidos. “As fotos ficaram lindas. Depois que postei, várias pessoas me procuraram contando seus próprios relatos e foi ali que minha vida mudou. Vi que existia um monte de gente igual a mim, querendo conversar”. O quadro de Luana é considerado controlado, com episódios pontuais com lesões que não se agravam como antes. Ela faz tratamento com a aplicação de injeções de imunobiológicos, moléculas-alvo que evitam a progressão da doença. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Yoga: entenda os benefícios da atividade para a saúde 7 de junho de 2024 Problemas que desencadeiam o estresse têm aumentado em todo o mundo nos últimos anos. Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição entre os países com maiores incidências de síndrome de Burnout, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante desse cenário, métodos que utilizam técnicas que promovem a consciência corporal… Read More
Notícias Estudo revela profissões que potencializam o risco de sofrer demência 20 de setembro de 2023 O trabalho está te tirando do sério? Especialistas em saúde coletiva da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram que algumas profissões podem aumentar o risco de sofrer demência e de desenvolver o declínio cognitivo relacionado à doença. O estudo foi publicado no final de agosto na revista The Lancet… Read More
Notícias Vitamina D: saiba riscos de tomar o suplemento além da dose indicada 2 de março de 2024 Um homem morreu na Inglaterra com hipercalcemia após consumir uma quantidade excessiva de vitamina D por meses. Embora David Mitchener, de 89 anos, tenha falecido em maio de 2023, o caso foi publicado pelo Daily Mail apenas nesta semana após exames revelaram que os níveis da substância no organismo dele… Read More